sábado, 1 de dezembro de 2007

Salão do Jornalista Escritor pode virar livro

O 1º Salão do Jornalista Escritor, no Memorial da América Latina, reuniu estudantes e veteranos, em torno de palestras e debates sobre ser jornalista e escritor ao mesmo tempo. O Salão recebeu jornalistas respeitados como Heródoto Barbeiro, Luis Fernando Veríssimo, Ricardo Kotscho, Ruy Castro e o sociólogo francês, Ignácio Ramonet, que abriu a conferencia no dia 15 de novembro.
Ruy Castro falou sobre como escreveu as biografias de Carmem Miranda, Nelson Rodrigues, Garrincha; contou histórias do início da carreira e as barreiras que enfrentou e fez afirmações polêmicas como: "Jornalismo Investigativo não existe, o Jornalismo em si já é investigativo!". Perguntaram a ele se faria a biografia do Pelé, e ele disse que não tem vontade e, se fizesse, somente depois da morte do jogador.
Já os jornalistas Ricardo Kotscho e Heródoto Barbeiro debateram sobre a profissão, os medos da carreira, polemizaram sobre a ética no Jornalismo e o assunto principal: a reportagem como gênero literário. Heródoto e Kotscho divergiram sobre a função do Assessor de Imprensa. "Não omitir nada que seja de interesse público", defendeu Heródoto. Kotscho rebateu que o assessor exerce a principal função do jornalista, que é saber filtrar as notícias e passá-las ao público.
Um bom momento do evento, foi a conferencia do diretor do Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet. O jornal é uma das principais publicações independentes do mundo. Conhecido pelo livro "A Tirania da Comunicação", Ramonet abordou a globalização e a manipulação da informação pelos meios de comunição, as transformações mundiais e a manipulação e poder que os veículos informativos têm sobre a população.
O diretor deu opiniões sobre situações atuais do planeta, como o caso do presidente venezuelano Hugo Chávez e causou impacto ao afirmar que Chávez não é um ditador e está longe de ser um. Ele defendeu Chavez e acha que outros presidentes deveriam fazer o mesmo que o venezuelano.
No último dia do Salão (que só durou 4 dias, de 15 a 18 de novembro), o escritor Moacir Scliar, ressaltou a importância do evento. “Foi um grande sucesso”, ele disse. um marco histórico no Jornalismo brasileiro pois, em nenhum outro evento conseguiu reunir tantos jornalistas marcantes da história da imprensa do Brasil.
Para quem perdeu, uma boa notícia é que as palestras e debates poderão virar um livro.
Agora é só esperar porque vêm coisa boa!

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